20 de junho de 2006

O coração quando se pronuncia diz: "Liberta-te"


Boa menina, obedeço......




Libertem-se

17 de junho de 2006

"Quando sonhar junto é ilusão, sonhar sozinho se torna decepção"

E como a a minha imaginação é decepcionante...

15 de junho de 2006

Fruto da Insônia




Estava eu a pensar nesse universo felino que permanece a me encantar. Percebi então que o encantamento tem razão de ser. Razão fundamentada num comportamento sutil que permaneço perpetuando; quer seja inconscientemente, quer conscientemente.

Ainda que tratem os felinos como traiçoeiros (e assim o fazem), eles não chegam a assumir o adjetivo. Sua natureza é da sutileza da natureza do homem, posto que eles saem da previsibilidade, como não acontece com os caninos.

Sua característica mais peculiar está no fato de ter essa “personalidade” que costumam citar e que, conseqüentemente, acaba por afastar os mais medrosos, ou posso chamá-los (porque não?) de preguiçosos. No âmago, esperam um comportamento que se assemelhe ao canino.

O interessante é que o maior atrativo nesse universo é de fato a imprevisibilidade da relação com um felino, mas falo por mim nesse momento. O que me atrai é a possibilidade de surpresas, que, em sua maioria, são prazerosas.

Percebi então uma característica do homem, um tanto quanto decepcionante, por assim dizer, pois este espera um modelo rígido, estático e imutável de tudo que o rodeia. Assim o somos com os animais e, pior ainda, o somos com os outros.

Talvez este seja o tendão de Aquiles das relações humanas. Se não encaixarmos o outro em um modelo, não sofreríamos dizendo coisas como: “eu não esperava isso de vc”. O receio que se têm do universo felino então desmascara a fraqueza do homem.

Ainda assim acredito que a maior fraqueza não esteja em fazer previsões e criar conceitos, mas esteja no desejo constante de mudança interna enquanto não aceitamos a mudança interna do outro. Volto a hipocrisia, não?

Enfim, cada vez mais fico com os felinos. Ainda que eu profetize sobre os que me rodeiam, prefiro aceitar as surpresas. Prefiro ser arisca quando me convém, prefiro ser surpreendida com uma patada, com uma lambida, com um bote.

Entro no feriado com o desejo de surpresas. Surpresas dos felinos e, principalmente, das pessoas.

11 de junho de 2006

Minha máscara caiu.

Queria sumir e me esconder, mas no fundo o desejo de esconderijo é mais para ser encontrada e não para fugir. Pq existe o desejo do encontro?

Que incoerência minha máscara guarda? Logo eu que não gosto de máscara, mas que acabo usando-a tanto quanto odeio ver as pessoas usarem...

Quanta hipocrisia meu peito conserva, enquanto, ainda hipócrita, critico a hipocrisia alheia.

Quando disseram “olhe para o seu rabo” estavam certos, e estou eu cá comparando o meu rabinho ao rabinho dos outros.

Mas ainda assim perdi o foco, como sempre.

Sumir não é querer aparecer, sumir é mostrar que desisti. Não desisti das pessoas, desisti da dificuldade que até eu tenho de conviver comigo.

Cansei da mulher enfadonha que eu acordo pela manha e deixo tomar forma.

Cansei dessa hipócrita que veio junto com a máscara que comprei na feira das vaidades.

Ainda assim pq fugir do mundo se é ele que quero encontrar?

Onde está a coerência das idéias?

O desejo mascara (olha a máscara de novo) que a esperança de ser encontrada não morreu.

Mas o desejo não é de amor, homem não me apetece agora.

O desejo é de “não estás só”.

Enfim, o desejo ainda mora aqui.