5 de setembro de 2010

Escolhas

Não sei bem em que momento, mas um dia acordei com a certeza de que eu precisava ser melhor do que eu era. Como se um clique na minha mente me fizesse ter a idéia fixa de evoluir, de me melhorar e de acrescentar mais ao mundo.

Isso me fez ficar mais próxima de meus ideais, de me conhecer melhor, afinal de contas, eu devo usar todo meu potencial para conseguir chegar o mais longe possível em um objetivo como esse. Sendo assim, as habilidades são as melhores armas.

Nesse auto-conhecimento mergulhei na vertente de auto-análise. Acabei por descobrir que eu era completamente diferente de quem eu era. Pois é, complicado, mas explico.

Eu me sentia carente,  insegura, medo de falar em publico, dependente dos meus vicios pessoais e com uma vida desregrada. Mas a descoberta de mim me fez perceber uma pessoa confiante, determinada, independente e perseverante.

Mas acabei percebendo, que ao buscar meus sonhos, buscar uma maneira de ajudar o mundo em que vivo, descobri algo bem desagradável: pessoas âncoras. Estas pessoas parecem gostar de que o mundo ao seu redor funcione em função delas, percebo que realmente precisam de atenção e por vezes me parece que não conseguem caminhar sozinhas.

Obviamente, não sou dessas. Mas tenho que conviver com elas todos os dias e vi que elas acabam sendo os grandes sabotadores de muitas metas humanas. Com isso me veio um questionamento. Até onde vale a pena ser egoísta? Talvez a palavra não seja a mais adequada, mas entendo que seja necessário viver boa parte da vida para as metas que estabelecemos e para o trabalho árduo. A questão é se vale ou não a pena abrir mão do trabalho para dar atenção a essa pessoas.

A meta que criei é verdadeiramente acrescentar algo para a saúde do mundo, é me doar ao estudo e a pesquisa para aprimorar a minha prática. Avaliar se os métodos utilizados são as melhores escolhas para a física médica no país. Não é uma escolha fácil de se viver. Vivo em contagem regressiva, fazendo com que todos os compromissos caibam no dia. Mas sempre escuto reclamações da minha ausência.

Algumas reclamações são compreensíveis e concordo com elas, são bastante verídicas. Mas outras são infundadas e, pior, são bastante exageradas, chantagistas e incomodas.

Ainda quero aprender a lidar com isso. É muito complicado entender o ser humano. Não tenho a pretensão de entendê-lo na sua totalidade, mas gostaria muito de aprender a lidar com isso. Tento observar quem lida com isso todo dia e tirar lições. Mas acredito que eu não esteja obtendo sucesso.

Será válido abrir mão de metas que exigem enorme dedicação para favorecer os carentes de atenção? Afinal de contas, cuidar deles também é uma caridade e também ajuda a humanidade a evoluir...

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