5 de dezembro de 2010

Lembranças de um amor

A quatro meses tento esquecer um amor.
Mas esse foi um amor diferente de todos, talvez o primeiro amor de verdade.
Ele foi meu melhor amigo por nove anos.
Um grande companheiro.
Foi minha ponte aérea favorita.

E agora, José?
O que eu faço com esse vazio?
O que eu faço com esse espaço que vc ocupou?
Ele foi feito sob medida para vc...
Ninguém se encaixa da mesma maneira que vc.

Na verdade, nenhum corpo encaixa melhor que o seu.
Nenhum sexo foi melhor que o nosso.
Nenhum acordar foi tão maravilhoso.

Pela primeira vez, em quatro meses, eu choro.
Ainda doi... muito!
Ainda não consigo admitir que não estará mais comigo.

E assim meus dias continuarão.
Até essa ferida fechar...
Ela fechará, certo?

5 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom !!

Luísa Zanni. disse...

Não foi a primeira ferida, e não vai ser a última.
E sim, vai fechar, como todas as outras.

Luísa Zanni. disse...

Não é a primeira ferida, nem vai ser a última.
E como todas as outras, essa também vai fechar.

Apontador disse...

Como sempre excelente o poema!!!

Unknown disse...

Não me importo da ferida fechar. Pq a cicatriz sempre estará aqui.